Ao continuar a navegar está a consentir com a nossa política de cookies. Para mais informações clique em saber mais. Saber mais

Ananás
Nutrição
O ananás é o fruto do ananaseiro (Ananas comosus), planta anual, nativa da América tropical e pertencente à família das bromeliáceas. Esta é uma planta cultivada em terrenos sílico-argilosos e muito popular nos Açores. Originária da América Central e introduzida na Europa no século XVI, a planta foi descoberta por Cristovão Colombo em 1493 na ilha Guadalupe onde era chamada “nana” pelos aborígenes.
Na fitoterapia é utilizado o fruto do ananaseiro e é nele que nos centraremos ao longo das próximas linhas.
Este fruto tropical de sabor agradável é bastante apreciado. Possui um elevado valor nutritivo e propriedades que facilitam o processo digestivo, com uma acção refrescante, purificadora, laxante e mineralizadora. Quando integrado numa alimentação variada e equilibrada é um alimento eficaz na manutenção da saúde. Por outro lado, é um fruto com um elevado conteúdo de água e um baixo valor energético.
As suas propriedades nutricionais melhoram consideravelmente nas últimas fases de maturação, pelo que a colheita prematura resulta num ananás ácido e pobre em nutrientes.
Da sua composição fazem parte fibras, enzimas proteolíticas (bromelaína, mistura de enzimas proteolíticas), hidratos de carbono (12 a 15%), sais minerais (fósforo, potássio, ferro, cálcio e magnésio), vitaminas do complexo B, C, e ácidos orgânicos (cítrico, málico e tartárico).
De entre os compostos com interesse fitoterapêutico que podemos encontrar no ananás cru, destaca-se particularmente a bromelaína. Esta é uma enzima proteolítica (decompõe proteínas) e constitui assim um potente auxiliar digestivo. Para além da sua actividade proteolítica, a bromelaína apresenta uma marcada acção anti-inflamatória, devida à inibição da acção de prostaglandinas inflamatórias. A conjugação destas duas acções faz com que sejam vários os estudos sobre os benefícios da suplementação com ananás no combate à celulite e do edema que lhe está associado, na tentativa de eliminar a inestética “pele casca de laranja”. A bromelaína tem a capacidade de despolimerizar parcialmente as fibras proteicas que envolvem o tecido celulítico, o que favorece a mobilização dos depósitos gordos dos adipócitos. Estimula a decomposição da fibrina, proteína insolúvel associada à retenção de líquidos. A enzima evita a subida dos níveis sanguíneos de insulina (o que ocorre quando ingerimos açúcares refinados de absorção rápida), responsável pelo armazenamento dos açúcares sob a forma de gordura.
Além disso, é bastante útil no tratamento da dor e tumefacção associadas a espasmos e lesões musculares, bem como no tratamento de queimaduras e pequenas feridas.
A sua acção anti-inflamatória revela-se igualmente benéfica como coadjuvante do tratamento da artrite reumatóide e de outras patologias inflamatórias do foro reumatológico.
A actividade da bromelaína parece ainda ser útil em problemas respiratórios, já que torna mais fluida a expectoração, tendo-se mostrado igualmente eficaz no alívio dos sintomas de asma, bronquite crónica e sinusite.
O seu uso interno, sob a forma de pó, deverá ser feito na dosagem de 200 a 600 mg, 30 minutos antes das refeições. Externamente, poderá ser aplicada uma pasta obtida com duas colheres de sopa do fruto e uma colher de farinha sobre afecções da pele, durante 15 minutos, três vezes por dia.
Agora que conhece todos os benefícios deste fruto não se esqueça de o incluir na sua alimentação diária. Desfrute do seu sabor ao natural, em saladas, sumos ou como a sua imaginação o ditar. Com o verão à porta todas as ajudas são bem-vindas!

