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Combater os resfriados
Bem-Estar
Dos inúmeros medicamentos naturais, a própolis é o que mais se destaca pelas suas aplicações e propriedades terapêuticas. Conheça-a e usufrua de tudo o que tem para dar.
O poder da própolis
Cada vez é maior o número de pessoas à procura de uma solução natural, segura e eficaz, em alternativa às tradicionais fórmulas farmacêuticas, muitas vezes assentes na acção de compostos químicos. De entre as substâncias designadas por antibióticos naturais, destacam-se alguns extractos de plantas como o orégão, o eucalipto, o tomilho, a equinácea e o serpão.
A equinácea é uma das que mais se destaca pelas suas propriedades: aumento da actividade dos glóbulos brancos e da produção de anticorpos, bem como as actividades: antibacteriana, antiviral, antifúngica e anti-inflamatória, funcionando ainda como purificador sanguíneo. O extracto desta é utilizado em suplementos alimentares, aconselhados como coadjuvante no tratamento de infecções, como: constipações e gripes; problemas cutâneos (acne, eczema, queimaduras); e no estímulo do sistema imunitário. Mas é, sem dúvida, a própolis uma das mais conhecidas, pelas suas aplicações e propriedades terapêuticas.
O que é a própolis?
Vem do vocábulo grego pro (em favor de) em conjugação com polis (cidade), resultando em “defesa da cidade”. É um conjunto de substâncias recolhidas na natureza pelas abelhas, que é trabalhado pelas glândulas salivares destas e resulta numa massa de aspecto pegajoso e colante. É utilizada para proteger a colmeia de intrusos e do frio, mantendo a temperatura ideal, fechando frestas e diminuindo o tamanho da entrada. Elas revestem a colmeia com esta gomo-resina vegetal, criando o ambiente mais estéril conhecido na natureza.
A própolis impede a proliferação de bactérias, fungos e vírus. Esta capacidade desinfectante e protectora da própolis despertou o interesse humano. Foi apenas nos últimos 30 anos que a Medicina Moderna a redescobriu, estudando-a no sentido de explicar e comprovar as suas propriedades terapêuticas, e poder integrá-la como coadjuvante no tratamento de várias patologias.
A sua composição engloba 50% de resina, 30% de ceras, 10% de óleos essenciais e 5% de pólen. Além destes ingredientes, a própolis possui ainda uma enorme variedade de aminoácidos, vitaminas, minerais e bioflavonóides, sendo estes últimos apontados como um dos ingredientes mais activos no processo de regeneração. Dos mais de 200 compostos químicos já identificados na própolis, podemos ainda citar os ácidos aromáticos, terpenóides, aldeídos, álcoois, ácidos alifáticos e açúcares. Entre outras aplicações, tem sido usada como coadjuvante em problemas gastrointestinais. É aconselhada em afecções dérmicas, como acne, alergias ou herpes. Tem propriedades antimicrobiana, antifúngica, antiviral, antiparasitária, bactericida e bacterostática, anestésica, anti-inflamatória e antioxidante, sendo referenciada como estimulante sexual. As suas acções englobam a cicatrização e regeneração de tecidos, bem como as acções anti-sépticas, hipotensivas e hepatoprotectoras. Estimula o sistema imunológico e possui ainda acção inibidora na multiplicação de células tumorais. Em algumas investigações recentes foi demonstrada a capacidade da própolis em inibir o crescimento de bactérias que se revelaram resistentes a alguns dos antibióticos sintéticos modernos. Pode ser útil como suplemento alimentar, actuando como agente preventivo de constipações, tosse,gripes e outras viroses, revelando-se realmente efectiva na protecção das vias respiratórias, quando tomada sob a forma de tintura. A inalação de própolis ou a administração em xarope com mel, em situações de rinofaringite e em outras afecções das vias respiratórias parece ter uma acção benéfica.
Também nas laringites e faringites o seu poder curativo é notável. Em produtos de cosmética (cremes, batons, pastas dentífricas) apresenta uma acção protectora e regeneradora da pele e mucosas externas. A própolis pode assim aumentar a resistência do organismo ou estimular a cura de determinadas afecções como problemas respiratórios (faringites, anginas, rinites), problemas dentários (gengivites, aftas), lesões dapele (herpes, queimaduras ligeiras, escoriações) e infecções ginecológicas (cervicites, vaginites). São, no entanto, de assinalar algumas reacções alérgicas, mais frequentes em pessoas tendencialmente alérgicas, nomeadamente a produtos da colmeia (mel, pólen).
É ainda pertinente mencionar que a cor da própolis é variável consoante a proveniência e vai desde o amarelo claro ao castanho-escuro, quase preto. O sabor é normalmente acre e seu odor também varia consoante a localização das colmeias e a diversidade da matéria-prima utilizada no seu fabrico. Devido à sua sensibilidade à luz, a própolis deve ser conservada em frascos de vidro opacos e mantida em local fresco. Tenha atenção pois pode provocar manchas nos tecidos.

