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Suplementos para desportistas

Exercício

Nesta situação encontram-se especialmente os atletas que, pela modalidade e/ou intensidade do desporto que praticam podem, com o recurso à suplementação melhorar a sua condição física.

Há, no entanto, que distinguir os suplementos naturais e substâncias não sintéticas, daquelas outras vulgarmente conhecidas como doping, banidas aliás pelo Comité Olímpico Internacional, já que, para além de não traduzirem a verdade desportiva, põem em causa a integridade física e psíquica dos que a elas recorrem, podendo, inclusivamente, causar-lhes danos irreversíveis ou mesmo provocar a sua morte. Enumerar tais substâncias nocivas seria exaustivo mas, de uma forma muito genérica encontram-se neste caso os estimulantes (ex.: cafeína, cocaína e efederina), os narcóticos (ex.: heroína e morfina), os anabolizantes (ex.: testosterona, nandrolona, a DHEA), os diuréticos, hormonas (ex.: hormona do crescimento), bem como outras cujo consumo está sujeito a restrições, como é o caso do álcool, dos corticóides, betabloqueantes e anestésicos locais, entre outras. Aliás, este é um problema que tem vindo a ser cada vez mais preocupante, a ponto de, muito recentemente, ter sido afirmado que provavelmente cerca de metade dos ciclistas em França, estariam afectados pelo uso de substâncias dopantes, tendo sido sugerida a suspensão de tal atitude ou até mesmo o abandono da competição.

Ora, existe no mercado uma grande variedade de suplementos à base de vitaminas, minerais, aminoácidos, plantas entre outros que, tendo em conta o caso específico de cada desportista e a modalidade que pratica, podem, a par com uma alimentação adequada, ser-lhe úteis. É basicamente o caso de:

Vitaminas - embora uma alimentação equilibrada deva garantir um aporte vitamínico suficiente ao organismo, a suplementação em alguns casos de Vitamina B poderá aumentar a metabolização dos glúcidos; já as vitaminas C e E melhoram a utilização do oxigénio ao nível muscular e combatem os radicias livres (importante para os atletas que praticam desporto em áreas poluídas);
Minerais e oligoelementos - também neste caso, a alimentação poderá ser suficiente para garantir os níveis desejáveis destas substâncias; contudo, o cálcio é fundamental para o metabolismo ósseo, a contracção muscular e prevenção de fracturas; o fósforo desempenha também um importante papel a esse nível, sendo raros os casos de déficit deste mineral; no que respeita ao ferro, ele é fundamental ao transporte do oxigénio, nomeadamente para os músculos. De notar que um desportista (especialmente no caso do sexo feminino) tem, em relação a uma pessoa sedentária, necessidades de ferro duplicadas. Aliás, correr, suar e até urinar ou defecar pode provocar ao desportista maiores perdas de ferro;
Aminoácidos - fundamentais para o esforço e desenvolvimento muscular dos desportistas. Fazem parte integrante da nossa alimentação. Contudo, certos atletas como é, por exemplo, o caso dos halterofilistas, culturistas, lançadores, triatletas, maratonistas e ciclistas podem necessitar de doses suplementares de aminoácidos. De entre os mais importantes encontram-se os chamados aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA) por serem mais eficazes a nível muscular. Devem ser tomados antes e após o treino. No entanto, para que o seu aproveitamento seja maximizado, é de toda a conveniência garantir uma ingestão de energia glúcida (ex.: frutose);
Líquidos e sais minerais - a actividade física (seja ela treino ou competição) provoca uma perda destes elementos, pelo que a sua reposição é de importância primordial. Assim, devem ingerir-se líquidos até meia hora antes de iniciar a referida actividade, sobretudo se esta for longa e desenvolvida em ambiente quente. Nesta fase, as bebidas açucaradas são de evitar. Já durante a competição, onde continua a ser importante a hidratação do atleta, uma bebida que contenha glúcidos, ex. a frutose (50g/litro) e o cloreto de sódio (500-1000mg/litro), juntamente com limão ou toranja, pode ser ideal. Após a competição e, tendo em conta que certos atletas podem perder cerca de 3% do seu peso normal, uma bebida energética com glucose e/ou frutose, acrescida de sais minerais (sódio, potássio, cloro, magnésio) é fundamental. Note-se que as bebidas comerciais à venda no mercado, estão mais vocacionadas para promover a re-hidratação durante e, sobretudo, após o esforço físico, não devendo, por esse motivo, ser usadas na fase inicial.
Existem, no entanto, outras substâncias (chamadas ergogénicas) que têm por missão ajudar o atleta sem, com isso, prejudicar a sua saúde. Entre elas saliento: arginina, ornitina e triptofano (podem estimular a produção da hormona de crescimento), os aspartatos (podem contribuir para combater a fadiga muscular), a carnitina (ajuda a aumentar a utilização da gordura como carburante), o coenzima Q10 (antioxidante que contribui para melhorar o rendimento muscular), geleia real e pólen de abelha (dois super-alimentos com grande concentração de nutrientes), o ginseng (utilizado inclusivamente por equipas olímpicas devido ao efeito adaptogénico ao esforço que lhe é atribuído), a creatina (muito em destaque ultimamente por parecer ter efeito positivo em provas rápidas, melhorando o poder de recuperação do atleta e de resistência à fadiga).

Em minha opinião, embora considere os suplementos úteis na vida de um atleta, este não deverá exagerar na forma e/ou doses em que os ingere, já que os referidos suplementos não substituem o treino nem modificam as características individuais de cada praticante. Produtos sem rótulo ou de proveniência duvidosa não deverão ser ingeridos. O conselho médico ou nutricional é essencial para determinar qual o suplemento melhor e mais adequado à situação de cada atleta, nunca esquecendo o papel primordial que a alimentação desempenha na obtenção de melhores resultados. Se é atleta e quer prolongar a sua carreira desportiva com sucesso e preparar um futuro saudável, não se esqueça que o treino e a disciplina são essenciais e não existem substâncias milagrosas. Lembre-se sempre que a fama é efémera mas a saúde deverá ser acautelada para toda a vida!…

Pedro Lôbo do Vale
Médico