Vale a pena conhecer esta gordura de origem animal, mas com uma quantidade muito reduzida de lactose e de proteínas do leite. É utilizada tradicionalmente na cozinha indiana, na medicina ayurvédica e pelos seguidores da dieta paleo, adicionando-a ao café, por exemplo. Uma vez que é produzida a partir de manteiga sem sal, é também uma opção válida para quem quer reduzir a ingestão de sal.
Uma manteiga clarificada
É uma gordura semelhante à manteiga comum, com algumas particularidades, e que pode ser produzida a partir de leite de vaca ou de búfala. A ghee é uma manteiga clarifi-cada, isto é, são retirados, à manteiga tradicional, alguns componentes que a tornam mais facilmente digerível por quem tem dificuldade em tole-rar os produtos lácteos. A manteiga é derretida lentamente a uma temperatura controlada até atingir o ponto de ebulição. Aí, começam naturalmente a separar-se os compostos sólidos do leite que ficam à superfície – a lactose e a caseína – da parte líquida – as gorduras. As partes sólidas são excluídas, restando apenas o líquido dourado que, após o arrefecimento, se torna numa pasta amarela de cheiro e sabor mais intenso, comparativamente à manteiga tradicional. A ghee contém ainda CLA – um ácido gordo relacionado com a prevenção do apare-cimento de fatores de risco para doenças coronárias – e butirato, que tem vindo a ser apontado como um aliado na saúde intestinal.
Como utilizar a ghee
Tal como a manteiga, a ghee pode ser utilizada crua mas, por ser nutricionalmente mais simples, apresenta maior resistência a altas temperaturas do que outras gorduras (apresentando um ponto de fumo bastante elevado). Por isso, é uma excelente opção para fritar e saltear.
Dica: A manteiga ghee dura até seis meses no frigorífico e pode ser congelada por um ano.